Resiliência
por Pedro Luiz Zacariotti/ 02/2017.-
“É a capacidade de
se recuperar de situações de crise e aprender com elas. É ter a mente flexível
e o pensamento otimista, com metas claras e a certeza de que tudo passa.”
Um
imã serve para demonstrar muito claramente o que acontece quando nós, seres humanos,
por uma forte atração, uma forte aderência, através do nosso campo magnético,
damos permissão para que energias ruins se grudem em nossa mente. O imã através
do seu campo magnético e da sua polaridade norte e sul atrai uma variada gama
de metais, sobretudo o ferro. Uma força magnética poderosa puxa o metal e nele
se adere firmemente. Mas o imã não adere no plástico, no tecido e em uma série
de outros materiais, ele só adere quando encontra um campo magnético propício e
correspondente para a atração.
Pois
bem, assim também ocorre com nossos sentimentos, pensamentos e emoções. Quando
encontra um ambiente favorável, uma boa ou uma má energia aderem em nosso
cérebro, e lá se instalam causando uma série de inconveniências, que vão desde
simples desconfortos momentâneos até casos de grande gravidade que afetam
terrivelmente a nossa vida e a nossa saúde. Essa atração se dá em virtude de
uma abertura, um convite, uma grande importância, para que determinada energia
manifestada pela nossa emoção, pelo nosso pensamento, atraia similares
manifestações.
Fala-se
que o imã não gruda na madeira, e podemos com certeza afirmar que também uma
energia negativa não pega em quem está blindado, vigilante, atento(a), para não
dar vazão a pensamentos e sentimentos ruins. A
força magnética das nossas fraquezas e nossos “defeitos” é poderoso instrumento
para que energias negativas, de pessimismo, de medo, de pânico, etc. rapidamente
se instalem em nossa mente. Somos bombardeados diariamente por uma série de
acontecimentos, notícias, fatos, imprevistos, que podem abalar nosso
equilíbrio. Não existe nenhuma forma de combate a tudo isso, a não ser nosso
treinamento, nosso firme propósito, nossa determinação, nossa negação plena em
recusar tais distorções dentro da nossa mente.
Somos
seres emocionais, mas temos que obrigatoriamente sermos mais racionais, mais
frios, mais contidos, com nossa forma de absorver tais situações. Nossa
persistência é frágil, fruto cultural, fruto de nossas crenças mais ferrenhas. É
que não temos escolha, ou resistimos ou padecemos. Resistir, não aceitar, se
abater, buscar uma força interior de coragem, trocar a imagem, mudar a
sintonia, buscar boas lembranças, bons pensamentos de felicidade, de coisas de
nos deixaram felizes, é um bom remédio para rechaçar a negatividade. Mas,
sobretudo a grande sacada é “não dar
importância”, seja lá o que for, aconteça o que acontecer, com
responsabilidade sempre, mas “não ligar”, não se abater, porque se aconteceu é
porque tinha que acontecer, e sempre a grande razão é: uma lição, para provocar
uma mudança, para que descruzemos os braços, para tomar uma atitude, ou seja, é
uma espécie de “puxão de orelha”, uma sacudida para que acordemos, é um estímulo
(as vezes não precisava ser tão duro...)para fazermos novas escolhas, mudar
nosso pensamento, enfim, sempre tem uma causa que deve ser olhada apenas como
um aviso, um alerta. Cabe a cada um reagir, não com ódio ou raiva, mas com a
compreensão de que algo precisa mudar, sempre para nosso bem , sempre para
melhor. Temos que ser resilientes, aprender, ter flexibilidade e otimismo,
porque de fato tudo passa.